HMDCC realiza primeira importação de medicamentos

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O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) recebeu na manhã deste sábado, 8 de maio de 2021, 25 mil frascos de bloqueadores neuromusculares, medicamento fundamental para intubação de pacientes com COVID-19. Fabricado na Índia, os produtos foram adquiridos de uma distribuidora no Peru. Com a aquisição, o HMDCC garante três meses de abastecimento dessa classe de medicamento que tem faltado em algumas cidades do país.

Diretora de apoio assistencial, Andréia Torres explica que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que permitiu aos hospitais a importação de medicamentos relacionados à COVID-19, já que, a indústria brasileira não tem conseguido suprir a alta demanda. “Nós, então, vimos uma oportunidade e iniciamos o processo de importação. Foi um processo em que enfrentamos inúmeras dificuldades, mas que, com o empenho das equipes de Compras, Farmácia e Jurídico, tivemos sucesso. Essa inovação nos abriu portas para pensarmos na aquisição de medicamentos que a indústria brasileira não produz. É um primeiro passo que demos para que não falte nenhum medicamento para os nossos pacientes”, afirma.

O controle da temperatura do medicamento é feito durante todo o percurso: da saída da fábrica ao destino final (Foto: Valéria Mendes)

Diretor administrativo-financeiro, Mauro Heleno ressalta que a falta de medicamento no mercado brasileiro fez com que a dose do rocurônio chegasse ao preço de R$ 180,00, algo impensável de se aceitar. Antes da pandemia, o preço de uma dose variava entre R$ 19,00 e R$ 22,00. “O menor valor que conseguimos nesse período de pico da doença foi de R$ 60,00 a dose. Com a importação, considerando a logística e impostos, cada dose saiu por R$ 34,00, o que significa uma economia aproximada de R$ 500 mil. No entanto, para nós do HMDCC, o mais importante é ter o medicamento para os nossos pacientes e esse custo ninguém paga”, observa.

Coordenadora farmacêutica, Aline Caldeira reforça que “com o segundo pico de casos de COVID-19, o país viveu uma insegurança em relação ao abastecimento de medicamentos utilizados na intubação de pacientes”. Segundo ela, mais uma vez, o HMDCC inova buscando soluções para garantir a melhor assistência ao paciente.