Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro realiza primeira cirurgia do SUS-BH com paciente acordado

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Sr. José Raimundo Aleixo, de 63 anos, já recebeu alta para casa

A equipe da neurocirurgia do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) realizou a primeira cirurgia de aneurisma cerebral com paciente acordado do SUS-BH. O benefício da técnica é saber, em tempo real, se a intervenção cirúrgica não irá impactar áreas do cérebro que afetam a linguagem (fala) ou as habilidades motoras. Assim, o paciente funciona como um guia para o médico que consegue saber quais áreas do cérebro controlam essas funções e, dessa forma, evitá-las. 

A cirurgia inédita no HMDCC foi realizada pelos neurocirurgiões Felipe Mendes e Bernardo Aramuni no Sr. José Raimundo Aleixo, de 63 anos, que se recupera bem e já recebeu alta para casa.

Em março deste ano, José teve um acidente vascular cerebral (AVC) e perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo. Durante a internação no HMDCC, na investigação do quadro clínico, foi realizada uma angiotomografia que identificou o aneurisma.

Agora, em 11 de agosto de 2021, o paciente retornou para realizar a cirurgia, que foi um sucesso. Ele agradeceu a equipe pelo atendimento prestado: “este hospital é muito bom”.  conduzida

Referência técnica da neurocirurgia do Hospital Célio de Castro, Sérgio Cançado explica que as cirurgias com sedação consciente (com paciente acordado) têm como principais indicações as abordagens que envolvem áreas eloquentes, ou seja, cuja função é insubstituível por outras partes do cérebro. Segundo o médico, são indicadas, principalmente, para o tratamento de tumores cerebrais, eventualmente aneurismas, e cirurgias para tratamento das epilepsias.

“Com as medicações utilizadas, o paciente fica cooperativo, mas não sente dor ou desconforto durante o procedimento. De acordo com a área a ser operada, são realizados testes específicos. Como qualquer procedimento cirúrgico a técnica possui riscos e limitações, principalmente o tempo que o paciente consegue colaborar com os testes, dificilmente superior a algumas horas, e a necessidade de as funções cerebrais estarem preservadas antes do procedimento”, detalha Sérgio Cançado.