Hospital Célio de Castro realiza mais de 7 mil cirurgias em seu primeiro ano de funcionamento 100%

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Dona Olívia, 91 anos, paciente do HMDCC quer melhorar rápido para pegar um avião para Belém, no Pará (Foto: Álvaro Miranda)

“Você merece o melhor”. Entre o momento em que essa frase foi dita pelo médico ortopedista Túlio Vinícius de Oliveira Campos do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) e o dia da cirurgia para colocação de uma prótese de joelho na paciente Olívia Aragão Beiral, 91 anos, muitos passos foram dados por uma equipe de cerca de 25 pessoas, entre profissionais da saúde e da área administrativa, para possibilitar o melhor tratamento à usuária do Sistema Único de Saúde.

Coordenadora da Linha de Cuidado ao Paciente Cirúrgico, a enfermeira Rita Del Papa conta que Dona Olívia é uma idosa vaidosa, vivaz que poderia ter perdido o joelho esquerdo e nunca mais andar. Quando ela foi internada, em 30 de maio deste ano, em razão de uma queda da própria altura, o Hospital Célio de Castro aguardava a habilitação do Ministério da Saúde para realizar procedimentos de alta complexidade em ortopedia e que foi publicada através da Portaria nº 1.665 em 7 de junho de 2018.

“A Dona Olívia é uma paciente biologicamente mais jovem que a idade cronológica, lúcida, muito bem cuidada pela família, com desejo e com potencial para andar. Nesse contexto clínico, tínhamos que pensar em uma alternativa que possibilitasse a ela caminhar precocemente, já que estava há dois anos em cadeira de rodas. Por isso, optamos por uma alternativa que não dependesse de a fratura ser corrigida exigindo uma reconstituição de ossos, o que seria muito difícil ou impossível na idade dela. Tirar uma paciente acamada do leito muda a mortalidade”, explica o ortopedista Túlio Vinícius de Oliveira Campos.

Segundo ele, as opções para o caso de Dona Olívia, que tinha uma fratura não consolidada, ou seja, que não colou, eram a amputação, fazer a artrodese do joelho (que é a fusão da articulação que não permitiria que o joelho dobrasse), colocar placa e parafuso (procedimento que já havia sido tentado) ou a colocação da prótese, que foi a opção da equipe médica e da família. “A prótese permite que o paciente ande com dois dias de pós-operatório”, salienta.


Dona Olívia com as filhas Sônia (esquerda) e Ivanilda (direita). Foto: Álvaro Miranda

 

Mais de 7 mil cirurgias em 2018
Dona Olívia é uma das 7.422 pessoas que passaram ou irão passar por uma cirurgia no Hospital no seu primeiro ano de funcionamento 100%, celebrado em 12 de dezembro de 2018. O número se refere a procedimentos já realizados de janeiro a outubro e inclui as projeções de cirurgias agendadas e previstas até o fim do ano.

Protagonista dessa história bem-sucedida, Olívia Aragão Beiral é mulher batalhadora. Mãe de oito filhos, cinco homens e três mulheres, perdeu o marido quando a filha mais nova, Sônia Aragão Beiral, hoje com 54 anos, tinha 10. Viúva, se tornou precocemente a única responsável pela educação e sustento da família. Sem ter com deixar as crianças para trabalhar fora de casa, gerou renda como costureira e lavadeira de roupas. “Minha mãe é uma vitoriosa. Foram muitas lutas, muitas derrotas, mas também muitas conquistas até chegar nessa idade”, afirma Ivanilda de Aragão Beiral, 57 anos, que mora e é a responsável por cuidar de Dona Olívia.

Transferida da UPA Lesta para o Hospital Célio de Castro em 30 de maio, Dona Olívia deu entrada no Bloco Cirúrgico no dia 8 de junho e recebeu alta no dia 14. A cicatrização e a recuperação foram um sucesso. No primeiro retorno ao Hospital após o procedimento, em 26 de junho, caminhou com a ajuda de profissionais.

Foto: Olavo Maneira

Atualmente, a moradora do Bairro Boa Vista, região Leste de BH, faz acompanhamento com fisioterapeuta na Unidade de Referência Secundária Sagrada Família. Em casa, anda com o apoio de uma bengala e com o incentivo da família. “Cuidaram muito bem de mim no Hospital”, ela relata. Já Ivanilda diz que a família agradece todos os dias de a mãe ter sido transferida para o Hospital Célio de Castro. “Ela foi tratada como uma rainha, cheia de médicos e enfermeiros em volta. Foi tratamento VIP”, brinca.

A próxima vitória a ser alcançada é a viagem de avião para Belém, no Pará, local onde Dona Olívia tem familiares. Mas antes ela se reencontrará novamente com a equipe do Hospital Célio de Castro, em 25 de janeiro de 2019, para novo retorno e acompanhamento da sua evolução.

 

Alta tecnologia
O Centro Cirúrgico do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro é um dos mais modernos de Belo Horizonte com capacidade mensal para realização de mais de 700 procedimentos nas seguintes especialidades: cirurgia geral, cirurgia ortopédica, cirurgia vascular, cirurgia urológica, cirurgia neurológica, cirurgia plástica reconstrutiva, cirurgia endoscópica e cirurgia torácica.

Além de equipamentos novos e tecnologia de última geração com capacidade de melhorar e agilizar a qualidade dos procedimentos cirúrgicos e, consequentemente, o resultado final para o paciente, conta com estrutura inovadora com fluxo de ar laminado tratado e climatizado para contribuir no controle de infecção em ambiente cirúrgico.

O Centro Cirúrgico do HMDCC tem também equipamentos na linha de videocirurgia com alta capacidade de resolução das imagens, mesas cirúrgicas monitorizadas, aparelhos de anestesia de alta complexidade e precisão para anestesia geral e anestesias de bloqueio (periféricas).

Na perspectiva da logística e abastecimento das salas operatórias, conta com um salão central que viabiliza a entrega e devolução de materiais e medicamentos sem que a equipe cirúrgica necessite sair das salas de cirurgias para fazer reabastecimento de materiais no per-operatório.

A unidade é toda monitorizada com controle de entrada e saída de todas as pessoas para garantir cada vez mais  a segurança dos usuários e do patrimônio.  “O nosso esforço é para propiciar uma assistência de qualidade e um atendimento humanizado para que a permanência do paciente no setor seja mais tranquila e com menos ansiedade”, afirma Rita Del Papa.