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Com mais de 1,3 milhão de atendimentos em 10 anos de história, o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) se consolida no território nacional como um modelo de gestão pioneiro que deu certo e inspira soluções para o Sistema Único de Saúde (SUS).
O aniversário celebrado em 12 de dezembro – o hospital nasceu como um presente para a população de Belo Horizonte -, acontece em um ano de muito reconhecimento para a instituição e para a equipe que constrói o cuidado de excelência aos usuários do SUS.
O recorde de visitas de benchmarking, com 110 pedidos até novembro de 2025, vem de estados como Tocantins e Rio Grande do Sul, de capitais como Maceió e hospitais públicos e privados de Belo Horizonte, além de Minas Gerais, tanto o Estado, via Fhemig, quanto cidades do interior como Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros, Sabará, Nanuque, Patos de Minas e São Gotardo.
O reconhecimento não é só institucional, mas de quem é razão de existir do Hospital Célio de Castro: os pacientes.
Neste ano, também teve recorde no resultado da pesquisa de satisfação NPS. Foram sete meses com nota máxima, ou seja, 100% das pessoas entrevistadas avaliaram o atendimento recebido na instituição com nota 10 nos meses de fevereiro, março, maio, junho, julho, agosto e setembro. Nos demais meses já apurados – janeiro e abril – as notas foram 98,36% e 99,20% respectivamente.
O NPS ou Net Promoter Score é uma metodologia utilizada ao redor do mundo que mede o quanto os clientes estão satisfeitos com uma determinada organização.
Resposta rápida
O aniversário de 10 anos também celebra o Hospital Célio de Castro (HMDCC) como um dos principais equipamentos da Rede SUS-BH, referência regional em atenção hospitalar de média e alta complexidade.
Segundo a Diretoria de Monitoramento e Avaliação da Atenção à Saúde (DMAC) da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH), o hospital é responsável por 20% das internações hospitalares de toda a cidade.
Desde o início de suas operações, em 2015, vem ampliando de forma constante sua capacidade assistencial, atuando como retaguarda para unidades de urgência e atenção básica, e garantindo acesso regulado a procedimentos cirúrgicos, internações clínicas e exames especializados.
Nos 10 anos de funcionamento, consolidou-se como pilar estratégico da Política Municipal de Saúde, com alta resolutividade clínica e cirúrgica, integração à regulação municipal (CINT), atenção humanizada e multiprofissional e aprimoramento contínuo da eficiência operacional e da gestão hospitalar.
O Hospital Célio de Castro já é referência nacional no tratamento de doenças da via biliar. De janeiro de 2016 a 4 de dezembro de 2025, já são 9.976 procedimentos cirúrgicos realizados.
A série histórica do Sistema de Informações Hospitalares Descentralizado (SIHD/Datasus) evidencia a evolução relevante a partir de 2017, quando o HMDCC atingiu sua capacidade plena, e ampliou a capacidade cirúrgica eletiva, especialmente nas linhas de colecistectomias, herniorrafias e artroplastias.No caso das cirurgias de hérnia, houve um incremento de 85% na oferta de procedimentos, e das artroplastias de quadril e joelho, ofertando 61% a mais de cirurgias. Já no caso das colecistectomias (retirada da vesícula biliar), o aumento foi de 55% de 2023 a 2025 quando comparado a 2016 a 2018.
Entre 2017 e 2025, o HMDCC executou mais de 25 mil procedimentos eletivos (SIHD/Datasus).
O Hospital Célio de Castro em números
A eficiência da produção hospitalar é visível nos números.
Desde sua inauguração até outubro de 2025 foram 129.353 internações, 169.196 consultas especializadas, 60.745 cirurgias, 898.311 exames de imagens, 11.101 atendimentos de acidente vascular cerebral, 31.309 atendimentos de terapia intensiva e mais de 7 milhões de exames laboratoriais. Os dados são Sistema de Informação do HMDCC/Tasy.
Na pandemia de Covid-19, foi o segundo hospital que mais internou pacientes com a doença em Minas Gerais.
Estrutura de excelência
O Hospital Célio de Castro conta com 460 leitos (240 leitos de clínica Médica, 80 leitos cirúrgicos, 80 leitos de CTI, 35 leitos de AVC, 10 Leitos de decisão clínica e 15 Leitos de Hospital Dia), 16 salas cirúrgicas, além de uma moderna e completa estrutura para exames de média e alta complexidade.
Entre os exames realizados pela instituição estão angiografia, angiotomografia, arteriografia diagnóstica e terapêutica (neurocirurgia e cirurgia vascular), biópsia guiada por imagem, colonoscopia, CPRE, duplex scan, ecocardiografia, endoscopia, gastrostomia, raio X, tomografia e ultrassonografia.
De forma pioneira na Rede SUS-BH, o Hospital Célio de Castro oferta 10 leitos de saúde mental. Com uma experiência exitosa de seis anos de implementação do projeto, a instituição se firma como ponto de atenção em saúde mental para a cidade de Belo Horizonte.
Perfil de atendimento
O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro é um hospital geral de retaguarda para urgência e emergência clínica, cirúrgica e AVC. É também referência para a Rede SUS-BH e para o Estado no atendimento de alta complexidade nas seguintes especialidades: clínica médica, ortopedia, cirurgia geral, cirurgia vascular, neurocirurgia, neurologia e urologia.As vagas são gerenciadas pela Central de Internação de BH. Isso significa que todo paciente que chega ao hospital vem encaminhado pela Central das UPAs ou de outros hospitais da rede pública.A oferta de exames de imagens para pacientes externos é regulada pela Central de Marcação de Consultas e Exames da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA-BH).
Parceria Público-Privada
O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro foi construído e equipado por meio de uma parceria público-privada (PPP) estabelecida entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Concessionária e a Opy Health Metropolitano, que substituiu a Novo Metropolitano em fevereiro de 2020.
Finalidade da PPP, ele se constitui como um Serviço Social Autônomo de natureza jurídica privada e sem fins econômicos. Assim, o hospital é o responsável pela atividade clínica e assistencial, enquanto a Opy Healht Metropolitano cuida dos serviços de apoio não-assistenciais.
Trata-se do primeiro hospital no Brasil com atendimento 100% SUS que segue esse modelo.
O aporte de recursos necessário para o funcionamento do hospital é de R$ 31 milhões de reais ao mês sendo que, no ano de 2024, a receita de 50,6% foi proveniente do município, 24,6% de origem federal, 18,2% estadual e 6,9% de outras fontes como, por exemplo, as emendas parlamentares.